sexta-feira, 3 de abril de 2009

Cinema



Quarta-feira, fomos ao cinema. Pegamos o ônibus e fomos simplesmente. Não falo do calor insuportável ou da chuva torrencial que pegamos porque isso realmente não nos incomodou. O ingresso era mais barato nesse dia. Comemos antes da sessão. Discutimos horários e filmes a serem vistos. Como assim, filmes? Sim, ela sugeriu um meio para enganarmos o responsável por olhar os ingressos. Assim, assistiríamos a quantos filmes as horas nos permitissem, pagando apenas uma meia-entrada.

O escuro. O frio artificial do ar-condicionado. E o calor que um corpo conduz ao outro quando há diferença de temperaturas nos aproximou. Ela deitou a cabeça em meu ombro. Eu, minha cabeça sobre a dela. Cena romântica para romance, comédia, ação ou qualquer gênero. Os filmes eram de menos. Fomos, simplesmente. E não houve abraço. E não houve beijo. E não houve vontade.

Fomos embora. Pegamos o ônibus de volta já quase quinta-feira. Sem calor, sem chuva. Ela se foi. Eu me vou. Não sei quando a revejo. Não sei se haverá cinema com meia-entrada. Porém quarta-feira passada eu fui ao cinema. Sozinho. E realmente percebi que “o doce não é tão doce sem o sabor do amargo”.

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